LEITURA
Leitura é uma atividade que depende do processamento individual, mas se insere num contexto social e envolve disposições atitudinais, capacidades relativas à decifração do código escrito e capacidades relativas à compreensão, à produção de sentido.
Ninguém pode extrair informações do texto escrito decodificando letra por letra, palavra por palavra.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Uma estratégia de leitura é um amplo esquema para obter, avaliar e utilizar informação. Há estratégias de seleção, de antecipação, de inferência e de verificação.
Utilizamos todas as estratégias de leitura mais ou menos ao mesmo tempoo, sem ter consciência disso. Só nos damos conta do que estamos fazendo se formos analisar com cuidado nosso processo de leitura.
IMPORTANTE
•Planejar momentos de leitura do professor envolvendo textos de diferentes gêneros para que os alunos comecem a perceber algumas características desses gêneros;
•Propor situações de leitura do professor e do aluno com diferentes propósitos para que os alunos possam ampliar suas competências leitoras, tais como: ler rapidamente títulos e subtítulos até encontrar uma informação, selecionar uma informação precisa, ler minuciosamente para executar uma tarefa, reler um trecho para retomar uma informação ou apreciar aquilo que está escrito. Isso, sempre com a ajuda do professor e, inicialmente, de forma coletiva ou em grupo;
•Planejar atividades nas quais os alunos possam, com a ajuda do professor, fazer uso de indicadores (como o autor, o gênero, o assunto, o tipo de ilustração, o portador – se é um livro, uma revista ou um jornal, por exemplo) para aprender a antecipar o conteúdo do texto, inferir aquilo que está escrito e ampliar suas possibilidades de interpretá-lo;
•Planejar momentos nos quais os alunos possam trocar idéias e opiniões, expor seus sentimentos. Recomendar um texto para que aprendam a comunicar aquilo que compreenderam do texto e suas interpretações – sempre com a ajuda do professor e, inicialmente, de forma coletiva ou em grupo.
ESCRITA
A linguagem escrita se materializa em registros escritos. Ela se vale de um sistema, composto de letras e outros sinais gráficos, para grafar tudo o que pretende expressar.
Assim como a fala se vale de sons e estes são agrupados de determinada maneira para expressar a linguagem com que nos comunicamos oralmente, na escrita nos valemos de algumas marcas gráficas que se organizam para expressar a linguagem escrita.
IMPORTANTE
•Organizar a sala de forma que o aluno seja capaz de localizar e utilizar, de forma cada vez mais independente do professor, as informações escritas na sala de aula para resolver dúvidas em relação ao que deseja escrever.
•Desenvolver atividades de leitura e de escrita que permitam aos alunos aprender os nomes das letras do alfabeto, a ordem alfabética, a diferença entre a escrita e outras formas gráficas e convenções da escrita (orientação do alinhamento, por exemplo);
•Apresentar o alfabeto completo, desde o início do ano, e organizar atividades de escrita em que os alunos façam uso de letras móveis;
•Planejar situações em que os alunos tenham necessidade de fazer uso da ordem alfabética, considerando algumas de suas aplicações sociais;
• Propor atividades de reflexão sobre o sistema alfabético a partir da escrita de nomes próprios, rótulos de produtos conhecidos e de outros materiais afixados nas paredes (ou murais) da sala, tais como listas, calendários, cantigas, títulos de histórias, de forma que os alunos consigam, guiados pelo contexto, antecipar aquilo que está escrito e refletir sobre as partes do escrito (quais letras, quantas e em que ordem elas aparecem);
•Planejar propostas de produção de textos (coletivas, em duplas ou grupos) definindo previamente quem serão os leitores, o propósito e o gênero de acordo com a situação comunicativa;
•Escrevam alfabeticamente textos que conhecem de memória (parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, entre outros), ainda que não segmentando o texto em palavras;
ORALIDADE
“Comunicar-se em diferentes contextos é questão de inclusão social, e é papel da escola ensinar.” (Claudio Bazzoni)
A língua oral está organizada em gêneros (entrevistas, debates, seminários e depoimentos) e o empenho do professor nas aulas deve ser o mesmo dado aos gêneros escritos.
É preciso criar contextos de produção também para os gêneros do oral – em que se determinam quem é o público, o que será dito e como.
EXEMPLOS:
•SEMINÁRIO
O essencial é selecionar as informações mais importantes e transmití-las ao público com clareza.
•ENTREVISTA
O resultado é o esperado quando o aluno se aprofunda no tema com base nas respostas dadas.
•DEBATE
Essa situação desenvolve a argumentação e a capacidade de defender idéias.
Espera-se que o aluno seja capaz de:
•Manter-se dentro do assunto, fazendo colocações pertinentes.
•Ouvir os outros – aprendendo algo que ainda não sabe.
•Ouvir os outros – prestando atenção para fazer colocações que se relacionem com o que está ouvindo.
•Elaborar perguntas sobre o tema em questão.
•Fazer relações entre o que sabe e as diferentes informações que está ouvindo ou vendo.
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